26 de outubro de 2008

O que é meu

O silencio reina em nós
Na cabeça no coraçao
não há nem força
Do sentimento vazio
Da alma que cada dia
Se torna mais curta
Mais breve
Sinto falta de mim
Sinto falta do meu calor
Da minha paz
Roubam nossa alma
Só se importam com o depois
Nao percebem que o durante é valido
O depois ja nao existe mais
E acham que só do presente
Nao se entrega bons sentimentos
e ai o sentimento continua vazio
e a alma não existe mais
Faço tudo pra te-la de volta
Pra ter eu em mim
pra recuperar o que só a mim pertence
Mesmo que roubem a emoçao do meu presente
A alma continua sendo minha
Por mais que roubem minha alma
A emoçao sempre soube que tinha!

16 de outubro de 2008

Nossas Relíquias!



Estes dias estive em uma farmácia de manipulação pra pegar um remédio, enquanto eu esperava percebi uma movimentação muito estranha das funcionárias, e um cochicho entre elas. Comecei a prestar atenção pra ver o que estava acontecendo. Até que ouvi um comentário de uma das meninas “Tem algo errado, ela esta aqui desde as oito e meia da manha.” Depois deste comentário ela se dirigiu até uma senhora que estava sentada em uma das cadeiras da espera e perguntou se ela estava sentindo alguma coisa, já que estava la a tanto tempo sentada(já era meio dia) e já tinha pego o seu remédio, a velha senhora respondeu que não estava sentindo nada, que estava bem, só estava esperando a filha vir buscá-la. A funcionaria então perguntou se ela não gostaria de ligar para filha, e velhinha disse que não, que não podia ligar porque filha não gostava de ser incomodada. A moça, então disse que ela ficasse a vontade e que se quisesse ou precisasse de algo fosse até ao balcão falar com ela.
Achei a atitude da funcionária muito humana, e realmente sua expressão declarava que ela estava preocupada, mas não foi isso que mais me chamou a atenção. Por mais que tenhamos que valorizar as boas atitudes das pessoas, eu realmente fiquei chocada, e tinha uma vontade de chorar imensa olhando àquela senhora, que mal conseguia se manter nas próprias pernas esperando a filha vir buscá-la. Que tipo de pessoa deixa a mãe esperando 3 horas e meia em uma farmácia, afinal um remédio não demoraria mais de 10 minutos pra ser entregue.
Minha vontade era sentar do lado daquela criatura e conversar, e tentar fazer com que o tempo passasse mais rápido pra ela. Não tive coragem, mas quando a estava saindo vi a filha dela se aproximando, e ainda gritou dizendo que era para ter esperado do lado de fora da farmácia. Como assim??? Três horas e meia em pé em frente a farmácia? Nesta hora minha tristeza deu lugar para a minha ira, tive vontade de segurar a mulher pelo braços, sacudi-la e dizer que ela cuidasse melhor da mãe dela, e que eu torcia, do fundo do meu coração que os filhos dela, pelo menos uma vez na vida, fizessem com ela o que ela estava fazendo com a mãe, pra que ela sentisse na pele o quanto é ruim.
Claro estou declarando isso a vocês, mas eu sai da farmácia fingindo que não tinha visto nada. E comecei a pensar, eu moro com uma pessoa idosa, sei o quanto às vezes é trabalhoso, mas sei também que na maioria dos momentos é gratificante. Não só pelos mimos que eu tenho, mas pelas conversas, pela experiência que fala enquanto eu almoço, pelas trapalhadas que a minha velinha faz, que as vezes também me dão raiva porque não sou de ferro, mas geralmente em seguida vem o humor, porque pode ser a maior trapalhada do mundo, que sempre acaba sendo engraçada.
E ai me pergunto, e esta questão não sai da minha cabeça. Porque certas pessoas vêem os velhos como peças prontas a serem descartadas do jogo? Eu aprendo tanto com a minha senhora, eu me divirto tanto, e no fim ela é quem ainda me da segurança de seguir em frente e ter a certeza que quero chegar aos meus 80 anos como ela. Às vezes não nos damos conta de que ter um idoso em casa, é como ter uma relíquia, um tesouro. Se um dia tiveres vontade, experimente conversar com alguém bem mais velho, a preciosidade deles esta nas estórias que contam, nas experiências que nós ainda nem imaginamos viver, nas historias que aprendemos na escola e que eles foram testemunhas vivas, esta na magia de ver seus olhos brilharem quando escutam uma musica antiguíssima ainda na vitrola, porque pra eles nada como um bom disco de vinil, ou ainda quando olham fotos antigas e dizem “viu minha filha como eu era bonita?”...Eu sempre respondo “te gosto muito mais agora vó”, afinal ela sempre vai ser a minha velinha de cabelos brancos que estudou até a 5º serie mas digitou tantas teses de mestrado e doutorado que conhece palavras em línguas que eu nem imagino que existam.
Bom, isso foi mais um desabafo, mas serve pra começarmos a prestar atenção no que as pessoas estão fazendo com nossas relíquias, como as estão tratando, se as estão valorizando ou não. Elas podem não ter nenhum valor financeiro, mas mais valioso que o amor não existe nada no mundo, e estas relíquias sabem manter este bem muito vivo em nós!

13 de outubro de 2008

A Galera da Faculdade


Essa semana, levei um susto, já tínhamos combinado na faculdade que estava na hora de organizar comissão de formatura, ver produtora pra começar a pagar o mais adiantado possível pra não ficar muito pesado, enfim, estas coisas comuns pra uma turma de faculdade. Acontece que no inicio da semana vimos uma das produtoras que apresentou o seu material pra nós, e enquanto a funcionária do local falava meus pensamentos voavam, e eu estava assustada, afinal, estava vendo vídeo de formatura, quadros, togas, e mais tudo aquilo que uma formatura classuda exige. Eu pensava, “MEU DEUS, A FACULDADE VAI ACABAR” .
Depois pensando com mais calma me dei conta que ainda falta metade da faculdade, que não é necessário entrar em pânico. E me lembrei coisas que a minha mãe sempre disse quando eu era pequena, e diz até hoje: ”Minha filha aproveita a faculdade, pois é a melhor fase da vida”. E hoje sei que ela tem toda razão.
No inicio da faculdade eu não estava muito disposta a novas amizades, estava num momento de muita mudança na minha vida, estava saindo de um curso que tinha odiado pra tentar outro que ainda não tinha bem certeza que era o que eu queria. Eu era antipática e não fazia questão de manter novas relações enfim, eu estava fechada no meu mundo. E com o tempo eu fui mudando, fui vendo a necessidade de me aproximar dos colegas, de fazer parte da turma, afinal é com eles que vou passar boa parte dos próximos anos.
Acabei descobrindo que é com eles que divido minhas angustias e alegrias, que é com eles que tento resolver minhas questões técnicas e pessoais, e é na faculdade onde estão as pessoas mais presentes na minha vida neste momento. Pensar que tudo isso pode acabar me assustou. E acho que aos meus colegas também foi um susto, porque me pareceu que este final de semana sentimos a necessidade de nos aproximar mais, de nos tornarmos mais ligados, mais íntimos, enfim, mais amigos do que já somos. E em um final de semana eu descobri pessoas que eu já conhecia, mas descobri de uma forma diferente. Descobri o prazer de estar junto, as alegrias que dividimos faz muito tempo e nunca tínhamos nos dado conta, descobri que pode até parecer que não somos tão próximos, mas já temos tanta historia pra contar juntos e o domingo acabou entrando pro caderno de historias fantásticas da turma dos Consignados(nos nomeamos assim por vários motivos que dariam um segundo post).
O que posso dizer é que acordei segunda com vontade de quero mais, com vontade de estar perto deles, acordei dando muita risada de nós juntos e lembrando das coisas que dissemos e fizemos este final de semana e chego a conclusão que , GRAÇAS A DEUS, ainda tenho metade da faculdade pra aproveitar esta delicia que é estar na companhia daqueles que serão praticamente alguns dos protagonistas das historias que eu vou contar para os meus netos!

Valeu galera PSICOOOOOOO!!!!!

5 de outubro de 2008

O meu é intelectual e o seu?

De alguns aspectos da vida cotidiana tenho uma visão diferente do senso comum, alias todos nós temos, mas já a algumas semanas tenho pensado no que é excitante pra mim. Excitante em todos os sentidos, na forma abstrata e literal da coisa.
Nestas conversas que temos pela vida, falei pra uma amiga, ”Meu tesão é intelectual”, e acabei pensando muito sobre o que tinha dito, e quando falo de tesão, não estou falando somente de sexo, cama e estas coisas carnais, mas to falando daquela sensação que te faz querer estar com alguém, que te atrai,que te faz pensar que as pessoas valem a pena.
Bom, nas minhas reflexões conclui que, não adianta a pessoa ser bonita, ser popular, sei La eu mais o que, para despertar meu interesse. Eu preciso de conversa, de argumento, de conhecimento, enfim, eu preciso de alguém que saiba conversar, desperte a minha curiosidade, e tenha fundamento no que esta falando, porque existem milhões de pessoas que sabem conversar, são simpáticas, mas no final das contas não te despertam aquela sensação de quero mais.
Esta sensação de quero mais também tem haver com charme, mas muito mais haver com o tipo de papo que o camarada tem. Vou dar um exemplo: Você conhece um cara (não importa os meios para conhecê-lo), vocês conversam, as vezes mais do que deveriam, as vezes se encontram muitas vezes e conversam, e depois de muito blábláblá você se da conta que alem de conversar você que beijar, quer saber o que mais tem por trás daquele papo interessante e contagiante.
Enfim, acho que através deste exemplo vocês puderam concluir o que eu quis dizer com tesão intelectual. Mas calma, sem surtos, não estou dizendo que abro mão dos beijos, abraços e carinhos, só estou dizendo que pra tudo isso rolar não basta ter uma carinha bonita ou um corpão sarado, às vezes o cara é feinho, esquisitinho, mesmo assim desperta meu interesse de quero mais.Até porque beijar é muito legal, mas se depois do beijo as pessoas ficam caladas, mudas ou sei La...Imagina a situação, o beijo é ótimo, quando acaba o cara abre a boca e sai uma baita asneira!Pronto, já repensa, é o beijo nem é tão bom assim, é nem foi tão mágico.Lógico, perdeu o encanto.
Não adianta meu interesse é este mesmo, meu tesão é intelectual!

1 de outubro de 2008

Cuidado no que você acredita ser amor!

As pessoas têm uma grande tendência a desacreditar as relações, tanto de amizade como as relações amorosas. Ta bem, eu sei que isso é um clichê! Mas vamos pensar bem no que é uma relação de amor.
Lembra em algum post anterior eu disse não saber o que é o amor, mas o tempo a vida e Deus tem me ensinado muito sobre isso, e talvez eu esteja começando a descobrir. Recentemente passei por uma turbulência amorosa, eu não queria magoar, não queria quem me magoassem, e estas coisas que todos nós conhecemos de cor!
Se eu estivesse falando de uma relação qualquer, eu diria que disso só restou mágoa, rancor, raiva, ciúme e estas coisita mais, as quais aconselho: retirem de suas vida a medida do possível!
Mas depois da tempestade, sempre vem a calmaria. O que posso dizer é que desta relação, eu realmente pude ver que o que sobrou foi amor e amizade. Mesmo não estando mais compromissados, estamos cientes que somos importantes um na vida do outro, que alem de amor “carnal” existe o amor sincero, puro, de carinho e compreensão. E é neste ponto que me refiro, as pessoas não conseguem acreditar que do fim de uma relação o que às vezes o que sobra é o amor!Por que na verdade as vezes só estamos colocando um ponto final no fim do capitulo, mas não no fim do livro!
Como as pessoas não acreditam mais(se é que um dia acreditaram) neste tipo de relação, é muito comum vermos comentários maldosos, cheios de rancor, inveja e incerteza!Sim incerteza da sua própria relação, por que na verdade nem bem certeza tem se o que sente é amor, ou será só mesmo sentimento de posse? Ou então quem sabe só o amor “ideal” que todos pregam, mas que na verdade, o próprio nome já diz, só existe na idéia!
Amar e ser amado não significam estar grudado, estar ao lado, muitas vezes nem significa estar compromissado. Como já dizia um de meus poetas preferidos, Renato Russo, “não basta o compromisso, vale mais o coração”. E realmente as pessoas não acreditam mais nisso, estão apegadas a aparência do relacionamento do que com o que ele realmente representa, e talvez por valorizarem as coisas erradas, acabam sempre errando a mão na hora de “escolher” quem amar! E ai só sabe ou lamentar por decepção, ou arrumar mais uma relação frustrada, isso acaba sendo um ciclo!
Bom eu estou aqui bem viva pra dar meu testemunho (isso parece culto religioso), existe sim relação que quando acaba, permite que ainda tenhamos carinhos, amor, afeição, preocupação com o bem-estar e vários sentimentos bons . Deus me deu o prazer de poder, vivenciar uma relação assim, e continuar vivenciando. E acredito no potencial de todos para que as relações se tornem assim, mais humanas, mais sinceras.....mas pra isso é preciso fazer por merecer!