14 de julho de 2009

Alguem avisa o mundo que eu nao quero crescer?!


To começando a ficar assustada. Quem algum dia disse que eu quero crescer? Esse mundo adulto, cheio de drama, de responsabilidades, de deveres e bem poucos direitos, já esta me assombrando, mas minha mente ainda não esta preparada para ele.
Por mais que eu fuja, que eu corra incessantemente, que eu chore e implore a Deus que me mantenha adolescente por mais uns vinte anos, as responsabilidades insistem em chegar. Por mais que a minha mente diga que não estou preparada pra isso, quando o despertador retumba pela manha, ela pensa “Só mais cinco minutinhos.”, minha alma se inquieta, precisa levantar da cama, precisa viver as responsabilidades que o mundo está impondo. E assim eu passo meus dias, lutando entre o que a cabeça pensa, e o que a alma sente. A cabeça diz: “Não quero trabalhar, quero continuar na minha vida de estudante”, minha alma responde “Te mexe guria, o mundo ta girando lá fora, e tu precisa agir”.
To ficando com medo de não conseguir tomar conta de mim mesmo, to com medo de não conseguir tomar todas as rédeas da minha vida, to com medo de ter que cumprir muitos deveres e acabar tendo poucos direitos.
Mas ao mesmo tempo, nada disso está sendo imposto pelas pessoas, quem esta impondo isso é o mundo. E a minha alma esta dizendo que é hora de seguir em frente, de entrar em contato com uma vida nova, de seguir adiante porque infelizmente não posso ter vinte anos pra sempre.
MEDO MEDO MEDO

3 de julho de 2009

AHHH O SOFRIMENTO!!


Estes dias estive pensando e conversando com alguns colegas. Pra poder entender outras pessoas, partilhar os sentimentos, ser empático, ouvir com atenção, fazer disso tudo o teu trabalho, e ainda por cima ser apaixonado pelo que faz, não é pra qualquer um!
Não estou querendo desfazer, nem diminuir a experiência de ninguém, mas é fato que dentro de um curso de psicologia, os colegas que mais se destacam, não por notas, mas pelo seu desempenho, pelo seu carisma, pelo seu lidar com as pessoas em geral, e principalmente com os pacientes são aqueles que tiveram as experiências de vida mais marcantes, como diria o Freud, “mais traumática”.
Complicado explicar isso, porque parece que pessoas que tiveram uma vida relativamente mais tranqüila não se encaixam neste perfil, mas é fato que aqueles que tiveram experiências mais sofridas, conseguem entender melhor, ouvir melhor e ter uma capacidade empática bem mais ampla!
Porque, para quem é leigo é importante esclarecer, não pense que todo estudante, e ate mesmo psicólogo formado, consegue ser empático e compreender o outro. Até os mais sensíveis por vezes não compreendem, porque antes de ser psicólogos, somos a Maria, o João, o José, cada um com suas características e sua subjetividade própria.
Pensando um pouco nisso, de sofrimento, de vida, de infância etc. Cheguei a conclusão que o sofrimento é vital para a vida ser plena... Ò que clichê, já que falamos sempre, e ouvimos repetidamente que todo mundo sofre.
Mas o importante não esta em sofre, mas sim em sentir este sentimento, por pior que ele seja, da forma mais plena possível. Tentando manter a cabeça erguida e os olhos no horizonte, mas senti-lo de forma que se possa com ele aprender, porque é através das nossas experiências ruins e frustrantes que vamos aprender a sorrir, a amar, a sentir prazer, geralmente é através do erro que aprendemos a acertar e não o inverso... Ou vai dizer que vocês já pensaram que acertaram de primeira, e logo aprenderam qual era a forma errada de fazer????
Portanto, por menor que seja o seu sofrimento, não o despreze... Sinto-o...Você ira se conhecer melhor, conhecer melhor os outros e aprender a tirar dos relacionamentos o que de mais sincero e profundo há neles! E esse é o grande barato da vida!