28 de agosto de 2008

Lembrança de uma amizade

A vida de qualquer um de nós é cheio de altos e baixos, idas e vindas e estas coisas clichês que qualquer pessoa sabe. Também não deixa de ser verdade, mas também não deixa de ser uma mesmice, que se não fossem estes percalços nossa vida não teria a mínima graça.

Parei pra pensar em algo que aconteceu comigo há algum tempo atrás. Me desentendi com uma amiga, que já era amiga de muitos anos.O motivo da briga não interessa, e mesmo que interessasse eu não me lembro para contar-lhes. Interessa o fato que hoje ignoramos uma a existência da outra, se nos encontramos em algum lugar, fingimos que não nos conhecemos.

È claro e absoluto que temos uma visão muito diferente deste desentendimento. E não guardo nada em relação a isso, nem mágoa, nem ódio, nem amor, mas guardo muitas lembranças boas, as ruins, talvez por memória seletiva, fiz questão de esquecer.

Já ela, das poucas vezes que demonstra alguma coisa, deixa bem claro que não tem bons sentimentos por mim.

Mas o que veio em meu pensamento nesta ultima semana foram as lembranças boas que tenho da nossa antiga amizade. Ela estava comigo e me ajudou a arrumar as caixas da primeira vez que resolvi sair de casa, depois ela também ajudou na segunda mudança, e na terceira. Ela estava comigo quando conheci o cara que mudou a minha vida, ela estava comigo quando este mesmo cara me decepcionou, ela estava comigo quando conheci meu noivo, e estava comigo (ao telefone) quando fui encontrá-lo da segunda vez, e liguei para ela pra dizer que estava morrendo de vergonha e ela estava comigo quando eu e ele noivamos.

Estes foram os últimos momentos marcantes em que ela esteve comigo, antes disto tiveram muitos outros, mas se fosse contar eu escreveria um livro, não um blog.

O que quero dizer contando tudo isso é a importância que ela teve na minha vida, e sim como é difícil tu mal cumprimentar alguém que fez parte de momentos tão importantes. Também não quero aqui revelar arrependimentos, porque não tenho. Ela fez parte do que teve que fazer, e saiu da minha vida no momento que tinha que sair. Só não precisava ter saído do jeito que saiu, eu não queria brigar. Mas nós temos de convir que toda relação em determinado momento precisa de férias, e a nossa estava precisando.

Bom, talvez um dia as férias acabem, ou não, o importante pra mim sempre vai ser as lembranças boas que tenho de nós juntas, mesmo que ela não acredite nisso. E magoa ou rancor não me levaria a lado nenhum nem tornaria a minha vida diferente, talvez só mais amarga. E pensando bem, dentro de tantas lembranças boas não cabe sentimentos tão ruins!

23 de agosto de 2008

Afinal quem é a Inês?

Durante uma conversa com uma amiga, um dia destes qualquer, lembro de estar contando uma estória e finalizei com a frase “Não adianta, agora a Inês é morta”,e logo me perguntei e comentei com ela, “Mas quem diabos foi a Inês?” .

A pergunta ficou sem resposta naquele dia porque ninguém sabia me responder, mas durante os dias seguintes pensei constantemente nisto, não só na Inês, mas também em como usamos expressões diariamente e muitas vezes nem sabemos o que significam, ou ainda se usamos corretamente em nossas falas.

Mesmo eu tendo 23 anos de idade, em muitas duvidas e questionamentos ainda recorro a minha mãe, principalmente quando estou com preguiça de procurar! Então resolvi perguntar quem era a Inês, ela mais que prontamente me respondeu que a historia era triste e que me contaria outro dia. Eu morta de curiosidade, até porque procurar a resposta não teria a mesma graça do que ouvir a historia da minha mãe. Mas na era da internet dificilmente minha mãe se daria o trabalho de me contar a longa história da Inês e não teve duvida, procurou um site e me passou o link com a historia.

Estaria mentindo se dissesse que li a historia inteira, achei muito monótona então fui direto para a parte em que a Inês morre. A Inês era uma bela jovem,prima de 2º grau do D. Pedro (não o nosso D. Pedro, algum anterior a ele, filho de um tal de Afonso) , por quem ele se apaixonou, ai conta toda a historia linda e bela que eu pulei na leitura, e logo a corte não estava satisfeita com a Inês ser amante do tal príncipe, torturou e mandou degolar a coitada, quando o príncipe descobriu já era tarde, A Inês era morta!

Fiquei muito satisfeita de saber a historia da Inês, e logo depois descobri que em Portugal (onde tudo aconteceu) existe uma fonte com o nome da Inês e que diz a lenda, as águas que correm desta fonte são a lagrimas da própria, porque coitada deve ter chorado muito e também que Camões dedicou uma poesia a ela.

Diante de toda a satisfação repassei a informação para aquela amiga, com quem eu estava conversando quando despertou minha curiosidade. Mas claro, contei a historia de uma forma muito mais simples e que se algum dia meus filhos me perguntarem vai ser a resposta que terão. A Inês era uma jovem que se apaixonou e transou com o cara errado e acabou sendo degolada por isso, e quer saber...Faz muito , mas muito tempo que a Inês é morta!